Sport Club Corinthians Paulista

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20.3.06

Destaques

Apesar de o futebol no Brasil do início do século 20 ser um esporte praticado pela elite, cinco trabalhadores foram os responsáveis pela fundação do Corinthians. São eles: Joaquim Ambrósio e Antônio Pereira (pintores de parede), Rafael Perrone (sapateiro), Anselmo Correa (motorista) e João da Silva (trabalhador braçal). Todos eram funcionários da Estrada de Ferro São Paulo Railway, na capital paulista.

Entre as lendas alimentadas para explicar o período em que o Corinthians ficou à espera de um título de campeão, entre 1955 e 1976, a que mais ganhou força foi a do sapo enterrado no Parque São Jorge. Para procurá-lo, foi trazido até o famoso Pai Edu, do Recife, em 1973. Ao sair sem nada encontrar, ele comentou: "Isso aqui está cheio de maus espíritos". No ano seguinte, o time perdeu o Paulista para o Palmeiras.
Muitos atribuíam a maldição do sapo a Jaú, ex-zagueiro corintiano. Acusado de suborno antes de um jogo contra o Palestra Itália, ele jamais se livrou da fama de "vendido". Ao encerrar a carreira, tornou-se pai-de-santo profissional (com o nome de Pai Jaú) e acabou acusado de ter feito a mandinga que "amarrava" o Corinthians. Jaú negou o fato até morrer, em 1988.

Macumba quente
Quem conta esse episódio é um dos jogadores da época. O Corinthians estava concentrado no Hotel Nacional, no Rio de Janeiro, para enfrentar o Fluminense, no célebre jogo da invasão corintiana ao Maracanã, pelas semifinais do Brasileiro de 1976. À noite, o técnico Davi Ferreira, o Duque - famoso por pedir uma ajudazinha aos orixás antes de jogos importantes -, resolveu reunir o elenco para um ritual. Eles se trancaram num quarto, apagaram as luzes e acenderam velas. A certa altura, alguém esbarrou numa delas. O fogo pegou uma cortina e provocou um princípio de incêndio. O próprio Duque se encarregou de pedir ajuda.

...Santos Dumont
Seria uma homenagem ao brasileiro que, quatro anos antes, havia realizado o primeiro vôo de avião, o 14 Bis, em Paris. Idéia de Antônio Pereira, um dos cinco fundadores.

...Carlos Gomes
Compositor brasileiro nascido em Campinas (SP), de grande sucesso na Europa, autor da ópera O Guarani. O nome também não empolgou quem esteve presente nas primeiras reuniões.

...Castelo Novo
O Corinthians não era o principal time inglês da época. Se a intenção tivesse sido homenagear o Newcastle (este, sim, o bambambã de lá no início do século passado), o Timão, hoje, poderia se chamar Castelo Novo.

Dizem que tudo começou no amistoso em que a Seleção Brasileira goleou o Corinthians por 5 x 0, antes de embarcar para a Copa da Suécia, em 1958. O becão corintiano Ari Clemente acabou dando uma entrada dura em Pelé. O menino-rei, contundido naquele lance, não pôde participar dos primeiros jogos do Brasil no Mundial. E daquele dia em diante, como vingança, teria se especializado em atrapalhar a vida do Timão.
Na América do Sul, nenhum jogador fez tantos gols contra uma só equipe quanto Pelé fez no Corinthians: 52 nas 49 partidas em que eles, clube e jogador, se encontraram (a 5oª, que completa a conta, foi aquela em que o Rei vestiu a camisa do Brasil). Enquanto ele esteve atuando no país, de 1956 a 1976, o Timão não ganhou nenhum campeonato. Pelé foi também o grande responsável pelos 11 anos em que o Santos ficou sem perder para o Corinthians em jogos do Paulista. Encerrou a carreira com um saldo altamente positivo, de 25 vitórias e apenas 9 derrotas para a equipe rival. Pelé parou de jogar pelo Cosmos (EUA) no dia 1º de outubro de 1977. Treze dias depois, o Corinthians foi enfim campeão.

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Apesar de o futebol no Brasil do início do século 20 ser um esporte praticado pela elite, cinco trabalhadores foram os responsáveis pela fundação do Corinthians. São eles: Joaquim Ambrósio e Antônio Pereira (pintores de parede), Rafael Perrone (sapateiro), Anselmo Correa (motorista) e João da Silva (trabalhador braçal). Todos eram funcionários da Estrada de Ferro São Paulo Railway, na capital paulista.