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Sport Club Corinthians Paulista

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5.12.06

30 AN0S DA INVASÃO BÁRBARA




Véspera do jogo, no rádio o locutor carioca comenta: "Os paulistas estão falando em invasão... Uns 20 ônibus vai ser muito". Francisco Horta, então presidente do Fluminense, manda 45 mil ingressos a Sampa esperando receber metade de volta. Os ingressos não só não retornam, como o Rio começa a presenciar a formação de imensas filas alvinegras
nas bilheterias do Maracanã. Centenas de quartos de hotel e passagens aéreas reservados, mais de mil ônibus fretados, carros particulares, kombis, pessoas a pé, a Dutra estava tomada. Na capa dos jornais: Começou a Invasão.

Moisés, Zé Eduardo, Ademir, Zé Maria, Wladimir, Ruço, Basílio, Palhinha, Vaguinho, Geraldo e Romeu... Pedrinho, dona Zuma, Toninho, Zé Romão, Elias, minha vó Maria e mais de 70 mil corintianos ­ há 30 anos ­ escrevem alí, em terras estrangeiras, um dos "evangélios" de nossa "religião".

O maior deslocamento humano da história em tempos de paz, 450 km em menos de 24h. O maior público de uma torcida visitante - só depois desta partida que se estabeleceram cotas de mandande e visitante, o maior rito em torno de um evento, de uma partida de futebol. Tudo isso que ficará para sempre marcado nas estatísticas da história mundial é a menor parte do significado daquele momento para nós, abençoados corintianos. A Invasão Corintiana é um dos símbolos da magia de ser um alvinegro do Parque São Jorge. Guarda em si todos os requintes de nossas tradições.

A Invasão, saravá, não foi o resultado de um crescente de êxitos numéricos. Ela ocorreu em pleno jejum, com nosso Timão há 22 anos sem títulos, quando ser corintiano já era "caso de internação". Mais uma demonstração de nossa inerente capacidade de fé sem cobrança contábil, a paixão latente, o deleite, o supremo prazer de ser curinthia. Alí foram sedimentados valores alvinegros que estão hoje imersos em nossas veias e alma. Presente ou não àquele momento, hoje todo corintiano traz consigo mais esse brado que reforça sua história de raça e tradição.

Aquela semi-final "em casa" não foi uma partida fácil, nosso adversário em campo, o tricolor das laranjeiras, ao contrário da vergonha atual, era a "máquina tricolor", o favorito absoluto. Contra tudo e contra todos, vai curinthia, o jogo foi um sofrido empate de 1x1. A gente "fez chover" ­ lágrimas de carioca ­ e assim, mais uma vez, nossa raça prevalecer. A "máquina" saiu na frente e um golzinho de meia "bicicreta" tortinha de Ruço nos levou aos penais, à classificação e à explosão.

A festa corintiana se estendeu à Paulicéia Desvairada, da Ruben Berta à Paulista. Forrada em preto-branco, Sampa abraça seus ídolos, engrossa o coro, se ergue em louros, lava a alma, faz jus à nação.

Ficha técnica

FLUMINENSE 1 X 1 CORINTHIANS

Local: estádio do Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Saul Mendes (BA)
Data: 5/12/1976
Público: 146 043
Gols: Carlos Alberto Pintinho, aos 18, Ruço, aos 29 minutos do primeiro tempo

FLUMINENSE
Renato, Rubens Galaxe, Carlos Alberto Torre, Edinho e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Cléber (Erivélto) e Rivellino; Gil, Doval e Dirceu.
Técnico: Mário Travaglini

CORINTHIANS
Tobias, Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Wladimir; Givanildo (Basílio), Ruço e Neca. Waguinho, Geraldão e Romeu.
Técnico: Duque.

Posted by PhiliPPsen | 11:19 |



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